O mito do trabalho árduo
Nossos talentos não precisam ser panfletados gratuitamente no universo
Esta é uma newsletter semanal para mulheres. Sem correria, para não derrubar o drink. Nosso manifesto é se divertir, ser o mais feliz que dá e abrir espaço para criatividade.
Eu achava que todo trabalho deveria ser árduo e que não poderia ser paga por algo que faço com um pé nas costas. Que mentira.
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Tavis Amanda é a mulher comum sem a pressão do desempenho. Uma celebração à tranquilidade. Ela representa cada uma de nós, e nos lembra de que é suficiente ser quem somos. Hyvä just nain!
O mito do trabalho árduo
Tem sido um alívio atravessar as páginas de The Multi-hyphen Method, de
. Em tradução literal, seria Método de multi-hifenização. Em bom português, é sobre abrir o guarda-chuva e criar espaço para os nossos talentos numa rotina inteligente e saudável. A autora usa o termo “hífen” para descrever uma coisa meio powerpoint da Lava Jato, onde cada traço aponta para um talento diferente. Além da leitura, fui cutucada numa mentoria de bem-estar sobre ganhar dinheiro com o que sempre fiz de graça para viver o estilo de vida que me faz feliz. Parece promessa de coach, mas vem comigo.
Emma incentiva pessoas com múltiplos interesses a desenvolver suas atividades como passatempo ou para ganhar dinheiro. Não é sobre ter vários empregos e se matar de trabalhar. É sobre fluir de forma saudável em trilhas do que você gosta. E, claro, usar com sabedoria o privilégio de poder refletir sobre o que amamos fazer. Baita privilégio, vamos combinar.
Minha mentalidade de quarenta-horas-semanais tem dificuldade de visualizar, porém, o livro tem exemplos práticos como quando ela pediu, no trabalho fixo, quatro horas por semana para escrever o primeiro livro. Outro dia, li algo parecido nos agradecimentos de um livro sobre bruxaria natural. Está acontecendo. Millennials, e aqui me incluo, estão começando se permitir este espaço e não julgar quem já está vivendo seus múltiplos interesses. Os memes das gerações mais jovens nos colocam como cafonas por nos apegar aos empregadores. Dá vergonha, mas a mudança anima. Vem aí o dia em que estaremos no centro das nossas carreiras. Não as empresas, não a indústria.
Tenho uma amiga no Instagram que admiro muito. Ela trabalha na área de tecnologia e ainda dá aulas de pole dance. Sempre sonhei em ser mais geminiana nessas horas, conseguir dividir minha atenção. No entanto, não é bem assim que o meu sistema funciona — sim, há vários jeitos de explorar esse potencial multidisciplinar. No meu caso, faz mais sentido um voo solo. Empreendedora, autônoma, freelance. Essas palavras se encaixam.
Como se levar a sério: uma conversa sobre talentos e dedicação diária. Trabalho árduo vale mais?
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