Aqui no brunch a gente fica esperta. Já sacamos qual é a do patriarcado e fazemos o possível para desviar das tentativas de nos colocar na caixinha, domesticar, dizer o que temos que fazer. Enquanto a gente não consegue quebrar o sistema e correr com os lobos, a gente protesta sendo o mais feliz que dá, buscando autenticidade e abrindo espaço para criatividade.

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Eu sou Tássia, tenho 35 anos e todos os dias lanço uma maldição contra o patriarcado. Uma hora ele cai.

Depois que mudei para a Finlândia, a busca por momentos de alegria me colocou numa jornada de criatividade que eu desconhecia. Esse mergulho me fez enxergar a importância de criar para expressar e existir. Acredito na criatividade feminina como uma mini revolução anti-patriarcal — contra um sistema que não quer que mulheres existam em autenticidade, a gente se expressa sem amarras. Essa é a minha busca pessoal e o que eu trago aqui.

Para não jogar tudo pra cima, escrevo — aos domingos.

O que é brunch mag?

O brunch existe há mais de dois anos — ele começou como um espaço para retomada de escrita. Muita gente não sabe, mas eu sou jornalista e sempre escrevi. A vida de trabalho em São Paulo me empurrou para longe da criatividade. Quando estava me despedindo da cidade, para vir morar em Helsinki, voltei a escrever. Primeiro, passeando em cafés, depois mais assiduamente. Foi assim que surgiu o “escrevendo enquanto espero meu brunch” que agora se chama apenas brunch mag.

Escrever é um jeito de inventar um lugar novo no mundo. Na escrita não corro atrás do dinheiro, do tempo, das regras, da produtividade. Eu dou as cartas, decido o jogo. Posso ser criativa, sem sentido, radical, posso apontar os dedos para as injustiças do mundo e planejar a fuga das mulheres que cansaram de tanta coisa.

O brunch é também um lugar fantástico onde a gente se encontra para permitir autenticidade e um pouco de magia. Nós acreditamos que tem mágica neste mundo — porque é melhor assim. Na seção “witch brunch club” você pode ler sobre tarô, ervas e o que eu chamo de magia casual — que é basicamente permitir um pouco de magia como instrumento de coragem. Não é sobre espiritualidade, crença e nem religião. É sobre se divertir, se levar menos a sério.

O arquivo tem mais de 100 textos gratuitos para você conhecer o brunch. Eu falo sobre relacionamento, morar fora do Brasil, tarô, casamento, feminismo, vício em celular, topless, amizade, trabalho, propósito e mais um monte de assuntos que provavelmente passaram pelas minhas sessões de terapia. No final deste e-mail, tem uma lista com os melhores do brunch.

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