me peguei sendo meio babaca, mas não muito, só um pouco. Ainda assim, meio babaca e prepotente. Consegui pegar a minha falta de empatia e arrogância com a boca na botija, desviei um pouco o assunto. Que merda. Vou tentar fazer melhor da próxima vez.
Helsinki, 29 de agosto de 2021.
As gaivotas foram embora
outro dia, estava um sol bonito e eu aproveitei para sentar na Esplanadi (uma praça no Centro de Helsinki) e observar as pessoas.
um casal tomava vinho e a mulher falava com alguém no telefone - acho que estava contando alguma novidade muito boa, eles estavam super felizes e a mulher estava usando um vestido azul, desses de festa. Pensei no que poderia ser e fiquei feliz por eles.
enquanto isso, uma moça sentou do meu lado tentando esconder o sorvete com a mão, para que as gaivotas não vissem. Não deu certo, elas sentiram o cheiro de açúcar e atacaram a menina, que precisou correr. Uma criança à minha frente tomava um milkshake e as gaivotas nem chegaram perto, acho que elas sabem que não dá para atravessar o copo de plástico.
ontem, a caminho do mercado, notei que algumas pessoas usavam luvas e gorro de lã, além dos casacos mais pesados. Coincidentemente, não tenho visto gaivotas.
Como se arrogância fosse doença
tenho pensado sobre arrogância e baixa auto estima, e um pouco de auto sabotagem. Essas três interligadas. Desde que entendi que arrogância é uma coisa que faz com que a gente não se permita ser pequena, minha cabeça explodiu de tanto que me identifiquei. E por ser péssimo, quero me curar.
antes de iniciar meu tratamento, ainda tenho que entender um pouco melhor como funciona o ego, seus altos e baixos, e o self. Encontrei este texto aqui (em inglês, mas é bem simples e o tradutor deve resolver) que diferencia o ego e o self de um jeito super simples, para quem, não é letrada em psicologia, como eu.
teoricamente, a conexão com o nosso verdadeiro self é um caminho para controlar o nosso ego - que é cíclico e tem fases que são mais ou menos essas: inflado, humilhação, fossa, aceitação, superação e inflado de novo. Não é bem isso, mas é como eu entendi. Se você quiser um conteúdo mais seguro e acurado, clica aqui.
essas fases do ego acontecem o tempo todo, nos macro e micro momentos. É assim: estou feliz, pimpona, me achando com meu tênis novinho num dia que o meu cabelo está perfeito. Do nada, tropeço no patinete que largaram na calçada e quase morro de vergonha e caio direto no buraco da humilhação. Fico lá humilhada até aceitar e superar para me sentir top de novo. Isso pode durar só um minuto.
em maior escala, é possível que a gente fique mais tempo no buraco. Quem já levou um pé na bunda ou foi demitida sabe bem como é. A vergonha tenta fazer com que a gente fique pra sempre lá, no buraco, na fossa. Tem também quem fique segurando a onda, fingido que é inabalável e não está nem aí. Blasé. Quem é assim demora mais para girar a roda do ego e voltar a ficar realmente bem de novo. Sei bem como é.
quem se leva muito a sério sofre mais.
✨💖 direto da minha casa
ontem recebi pessoas em casa. Todo mundo vacinado. A propósito, vacine-se. O que eu ia falar é que fiquei feliz demais com o meu self serve gin tonic bar.
💖✨métricas que importam
eu tinha chegado em mil seguidoras no instagram, e ontem notei que tinha 953. Lembrei que eu mesma removi umas contas nada a ver. Recomendo.
bom domingo
e até semana que vem 🥐🥂