Como é ser casada quando está todo mundo se separando?
Dia a dia, tarefas de casa e dinheiro. Vocês perguntam, eu conto.
Esta é uma newsletter semanal para mulheres. Sem correria, para não derrubar o drink. Nosso manifesto é se divertir, ser o mais feliz que dá e abrir espaço para criatividade.
Vocês perguntam, eu conto.
Esta edição é uma nova editoria do Brunch onde eu respondo uma pergunta que vocês podem fazer anonimamente clicando aqui.
A primeira pergunta que escolhi responder é esta:
Como é ser casada quando está todo mundo se separando?
Um mar de coisas vieram à cabeça quando li a pergunta. Quem me lê sabe que relacionamentos amorosos são uma questão gigante para mim. Sempre desejei uma relação saudável, já que sou dessas que namora. Passei a maior parte da vida adulta em namoros longos que ficava futricando, me perguntando se estava feliz ou não, se o que sentia era amor ou não. Até que entendi o que precisava para estar num relacionamento que não quero pular fora.
“todo mundo tá se separando”
Uma observação pessoal que bate com a estatística — o número de divórcios está crescendo no Brasil. Quando a gente generaliza, as razões são complexas. No entanto, gosto de pensar que relacionamentos falidos estão em baixa. Isso chacoalha questões de saúde do casamento e check-ups. Fico porque quero? Sou feliz ou me acomodei? Agora entendo quem casa mais de uma vez com a mesma pessoa. É bom renovar os laços.
Tenho sorte: amo a vida de casal e nunca briguei com o meu marido. Quando a gente discorda, geralmente vira piada: “ih, brigamos!”. Além disso, sabemos que sou teimosa e que ele é super cauteloso — é por aí que vamos divergir, contudo, não tem desavença. É só love. Não tem essa de “relacionamento é difícil”. É bem fácil até, mas não como se não fizéssemos nada. Cuidamos da relação todos os dias, sem falta.
Embora os gostos para música, filmes e lazer, sejam diferentes, nós amamos fazer coisas juntos: dormir, arrumar a casa, ver TV, ficar papeando na mesa depois do café, cozinhar, tomar cerveja na varanda, montar um móvel novo, passear com a cachorra, sair para comer. Não gostamos de turistar e concordamos que viagem não precisa ser cansativa.
As divergências são coisas do tipo, não gosto de ir no supermercado (ele sim), morro de medo de filme de terror (ele ama). Ele é mais caseiro, não me acompanha em todos os rolês. Porém, valorizamos a liberdade e o espaço individual — é por isso que a gente se dá tão bem. Temos hobbies distintos e respeitamos a individualidade. Eu preciso ficar sozinha para ler ou escrever. Ele joga videogame ou modela criaturas e universos fantásticos. Mais tarde, a gente se encontra e há troca criativa, conversas sobre criatividade, brainstorm.
Poderia morder o cérebro dele. Que delícia.
O dia a dia e a louça na pia
Fui criada para ser babá do marido e mulher independente.
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