hoje é dia das mães, por isso vou começar indicando a newsletter da Ana Margonato. Ela é mãe e fala sobre as dificuldades da maternidade real de um jeito tranquilo e muito sincero. Esse não é o único assunto, mas acredito que muitas mães vão gostar de ler.
(pela milésima vez) eu queria dar adeus ao Instagram porque a dinâmica de stories e feed me deixa viciada me faz mal. Sempre que eu fico muito tempo no Instagram - durante alguns dias-, dou uma mini surtada, aí deleto o App, volto e repete em loop infinito.
Aliás, falando em surto, você leu Surtada, porém inteira da Amanda Foschini? Está na minha fila.
Atualmente estou na fase de App deletado e, desta vez, esperançosa porque a Madama Br00na agora está no Substack. Como ela tem uma audiência enorme, acho que acaba trazendo mais pessoas para conversar aqui.
Espalhem a notícia de que a newsletter é o futuro das tele-interações sociais 📢
BLOGOSFERA
O Instagram matou o blog e ninguém fez nada. A blogueira foi obrigada a virar “influencer” por falta de blog. A gente se apertou para caber no feed porque todo mundo estava lá. A rede social do menino Zuck3rberg virou o jeito que eu conheço de achar pessoas e é por isso que eu acabo ficando. Sinto que se eu sair, nunca mais poderei ser encontrada na face da terra.
Se você também não aguenta mais, faça um blog hoje mesmo e me chame para assiná-lo. Eu vou receber as notificações dos seus posts por e-mail e vou ler com atenção, quando estiver com tempo, tomando um café, e não enquanto espero um arquivo carregar no meu computador, não durante uma reunião chata, com câmera desligada. Não quando eu estiver pegando no meu celular para ver a hora e acabar scrolando no feed com o cérebro derretido. 🧟♀️🧠
A internet que a gente quer
Hoje descobri que brasileiros são as pessoas que mais caem em fake news no mundo e que as mulheres são as maiores vítimas de informações falsas e ataques de ódio na internet.
As plataformas têm meios para evitar esses problemas, mas elas se beneficiam com o engajamento que as fake news e as mensagens de ódio geram. Afinal, o modelo de negócio converte a nossa atenção em vendas, por meio das propagandas pagas em dólares. Muito simples: você visualiza o conteúdo que uma loja pagou para a rede social exibir pra você. O ódio é só um jeito de te manter mais tempo conectada.
Que dilema
Além do documentário no Netflix, “Social Dilemma” é também um movimento que incentiva as pessoas a repensarem a internet e combaterem a desinformação.
A promessa da tecnologia de nos manter conectados deu origem a uma série de consequências não intencionais que estão nos alcançando. Se não pudermos lidar com nosso ecossistema de informações quebrado, nunca seremos capazes de enfrentar os desafios que assolam a humanidade.
E agora?
Estava lendo essa mini thread e pensando:
1- as coisas são lidas de forma automática e facilmente mal interpretadas. Esses dias, li um post no Instagram em que a pessoa falava da morte de uma pessoa querida na legenda (que ninguém lê) e os comentários eram completamente aleatórios, tipo: você nunca mais fez aquele tipo de post x, quando vai ser a próxima live?, amei a pulseira! Onde você comprou?. É sério.
2- as pessoas falam coisas tão absurdas na internet que é possível encontrar alguém falando algo parecido, mas sem ironia nenhuma.
3- quem responde como se não estivesse entendendo, na verdade pode estar sendo irônica ou apenas querendo chamar atenção. Ferrou.🎡
Quer dizer então que as redes sociais são só textos desconectados? Estamos ali apenas pelo sentido que existe dentro da nossa cabeça e pela dopamina da notificação?
Claro que não. Mas muito sim. 🙃
E para fechar esse assunto com chave de ouro, a capa da Le Monde Diplomatique (maio 2022) que eu fiquei alguns minutos brincando de caçar referências:
Depois dessa enxurrada, para adoçar o domingo, um texto de 2014 sobre paixões de uma noite e meia.
900 minutinhos de paixão
É tão efêmera que pode durar até menos que isso. Ou, talvez, seja exagero chamar uma vontade tão passageira de sentimento. Ah, pera, é desejo, é atração. Bate uma disposição, o corpo esquenta, faz mini loucuras de amor de mentirinha.
No primeiro minuto, o impulso chega a arder. Empina o peito, mexe os cabelos para um lado, dá um brilho no olhar, o sorriso fica magicamente malicioso. Tem o magnetismo de um zumbi, como se o outro fosse só um cérebro apetitoso.
Mas, nesse caso, o cérebro é coisa de zumbi. E só.
E esse sentimentozinho não dá proveito. Dura pouco, nunca mais do que umas 15 horinhas. É eficiente, goza rápido. E já coloca tudo pra fora, mesmo que depois se vire numa conchinha falsificada.
Às vezes, esse impulso se disfarça tão bem de sentimento que de um lado surge a esperança de mensagem no Whatsapp dizendo bom dia.
As ligações ficaram para depois do casamento.
Não vai rolar.
Falando nisso:
Se você está pensando em ficar off das redes sociais por um tempinho, vai gostar o meu e-book. É grátis! Pode baixar e encaminhar para as amigas pelo WhatsApp 💖
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aaa feliz por ter vindo parar aqui agora :')) amei muito a sua newsletter (ainda preciso começar a escrever pra minha), e já vou começar a seguir! eu criei um blog justamente pra escrever de forma mais livre e sair um pouco da experiência de conteúdo das redes sociais, e tô gostando muito) <3 se você quiser conhecer, é www.memoriasdevento.com
um beijo e bom final de semana! <3
Fico feliz que estamos questionado isso tudo! Eu fico muito feliz quando vejo que meu consumo de celular caiu 😌