São Paulo, 10 de janeiro de 2021
semana de mudança a gente não tem outro assunto, né? Só consigo pensar no tanto para resolver sobre as coisas que tenho. É basicamente isso: o que vai embora e o que fica comigo. Eu sempre digo a mim mesma que as coisas que a gente tem custam tempo da nossa vida e, a cada mudança, fica ainda mais claro.
às vezes, seja lá o que for, custou menos de uma hora de trabalho, um preço ok. Mas, seja lá o que for, ainda vai te custar horas para limpar, doar, vender e transportar. Como eu gosto de exagerar, ainda digo que as coisas vivem sem pagar aluguel e portanto precisam fazer a parte delas para poder morar comigo. Coisa inútil não pode morar aqui de graça. Agora que vou passar uns meses carregando malas, essas coisas literalmente vão pesar para mim e estão sendo super questionadas.
só que, de verdade, não é esse tratamento frio e calculista que eu dou para elas, né? Porque a gente coloca sentimento nas coisas. A gente vai acumulando coisinhas e criando um lacinho de amor com elas, tanto nas que usamos super (joguei um shortinho rasgado com o coração na mão) quanto nas que ficam apenas decorando o armário (sapatos que nunca usarei, amo vocês).
a palavra minimalismo já deve estar na ponta da sua língua, imagino. Eu já li um bocado sobre, vi o documentário daqueles caras famosos que, a propósito, lançaram um novo no Netflix (não curti o primeiro e nem vou ver o novo).
o conceito de minimalismo é simples, eu gosto dele e uso, inclusive. Minimalismo é sobre ter apenas o que tem valor e significado (oi, Marie Kondo). Só fica o que te ajuda a viver bem. Ele também nos lembra de que nossa energia é limitada e por isso é tão importante ter só o que vale. Ainda adiciono um ponto: o espaço é limitado também, né?
apesar do drama - agora posso culpar minha lua em Câncer (?) - eu vou morar em lugares que já têm todos os utensílios que uma casa precisa e portanto só carrego itens pessoais e mais umas coisinhas, tipo o cesto de roupa suja que eu não quero me desfazer (de tecido, cabe na mala).
por fim, para finalmente fechar as malas e seguir para a vida cigana temporária, criei minhas próprias perguntas para fazer a triagem. Só fica quem acertar as respostas:
eu amo? sim
é útil? sim
tem outra coisa que faz o mesmo? não
me ajuda a ser a mulher que eu quero ser? sim
mesmo se não estiver de mudança, sugiro fazer perguntas como estas para o tudo que leva sua energia. Nem precisa ser só coisas, pode ser um curso, uma rede social e até umas amizades que de repente você não vai querer quando (se) mudar. Eita!
bom domingo, minhas queridas!
até semana que vem.
🥂🥞
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Mudar cansa mesmo. Me lembrou do ano de intercâmbio, que eu me vi num lugar que ficaria apenas um ano, eu pensava muito antes de comprar alguma coisa. Mas, pensei que eu precisava tornar aquele lugar meu lar, nem que fosse por um ano. Nunca se sabe o que vem depois. Assim o fiz, vivi intensamente aquele ano naquele quarto, que tinha cara de hotel mas virou meu quartinho ❤️ As coisas criam esses significados, ajudam a gente a se situar, dar quentinho no coração.
Acho que o Minimalismo do doc é meio elitista, e também ser mínimo varia, algumas pessoas só têm o mínimo, outras nem tanto. Enfim, papo longo! Não vou me estender. Da mesma forma a Marie Kondo, joga tudo fora, ok? Mas, antes da gente pensar em jogar fora, que tal pensar em como a gente traz as coisas para casa?
É saber equilibrar, o tempo das coisas e o significado que elas podem nos trazer 🥰
Vou absorver estas perguntas para quando fizer minhas pequenas e grandes mudanças também =) amei.