Cotia, 06 de fevereiro de 2021.
o aniversário na pandemia chegou para mim também. 30 de janeiro, fiz 33 anos e comemorei meu ano novo com a minha irmã, a Zeldinha, champanhe e bolo de morango. Parabéns para mim!
quando apaguei a vela, minha mãe, que estava presente por videochamada, perguntou se eu fiz um pedido. Eu disse que sim e tratei de pensar em algo bem rapidinho (será que ainda estava valendo?). A verdade é que na hora de soprar a vela eu esqueci de fazer o pedido. Eu tinha muitos para fazer (ainda tenho) e fiquei pensando neles. Eu sei quais são os meus pedidos do momento e os sonhos ainda não realizados que estão na lista de prioridades.
“quando a vida estiver muito diferente do sonho,
volte na padaria”.
só tem uma coisa
ainda bem que minha mãe não perguntou qual foi meu pedido, porque eu tenho dificuldade de falar para outras pessoas quais são meus sonhos e maiores desejos. Às vezes, tenho dificuldade até de falar isso para mim mesma. Identifiquei uns traumas lá atrás e estou tratando na terapia. É que admitir meus maiores sonhos me deixa vulnerável. Tem coisa que é sonho pra mim e que é café com leite para outras pessoas. Isso me faz sentir boba, fraca, fracassada.
e, talvez por isso, eu evitei olhar melhor meus sonhos nos olhos - e levá-los à sério. Alguns, por serem “pequenos”, tinha certeza de que ia acabar realizando de algum jeito e - quando isso acontecesse - era só fingir costume, sem demonstrar deslumbre. Já fiz isso pra ninguém descobrir que um dos meus maiores desejos era, sei lá, conhecer Curitiba ou comprar um Apple Watch. Isso é besteira.
agora eu já sei
é meu, posso chamar de sonho, vontade, mini desejo, o que eu achar que cabe. Estou aprendendo a percebê-los e realizá-los, um por um. O que eu pedi na vela de aniversário (um segundo depois de apagá-la), não depende de mim para acontecer. Foi daqueles pedidos mágicos que o melhor que podemos fazer é vibrar positivamente. Para os sonhos que dependem de mim, prometo realizá-los um por um - e me permitir sentir o que qualquer sonho merece, sem vergonha de me deslumbrar como se fosse a coisa mais legal do mundo. Porque é.
vamos sonhar sem amarras hoje.
bom domingo e até mais! 🥂🍰
E quanto mais velha ficamos, mais a gente dispensa esses "sonhos bobos" para não parecer infantil/boba/deslumbrada, né?
Lembrei de um sonho/desejo "bobo" que eu tive.
Quando eu tinha 8/9 anos eu sonhava em ter uma bolsa escolar de carrinho.
Até então, na antiga escola ninguém usava esse tipo, o comum era mochila de carregar nas costas (eu tinha uma rosa da Barbie, amava). Mas, depois que mudei de escola vi TODO mundo com aquela bolsa de carrinho e desejei, não sei se era pra fazer parte ou porque achava demais rsrs. Era o sonho da minha vida rs.
Eu rezei por noites por essa bolsa de carrinho de passarinho, aí no ano seguinte ganhei a tal bolsa que fazia par com uma lancheira! Nossa, fiquei realizada demais.
Pode ser pouco, mas ter esses pequenos sonhos fazem a gente feliz <3
P.S.: não me lembro o que fiz para mercer/ganhar a tal bolsa, apenas pedi e esperei o dia que eu ganharia. Na época, eu rezava, e pedi pra Deus. Foi o capitalismo me fez ter fé rsrs.
Keep on dreamin'