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Viajar sozinha
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Viajar sozinha

e assistir o sol derreter a neve das árvores

tássia
Apr 10
8
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Rovaniemi, 10 de abril de 2022.

estou aqui para realizar um sonho: ver aurora boreal. Hoje à noite, vou num desses passeios de caçar aurora, torçam para eu conseguir ver pelo menos uma luzinha verde no céu.

🌌🌌🌌

Rovaniemi foi o primeiro lugar que eu vi neve na vida. Naquela época (pré-pandemia), eu ainda estava me preparando para sair do Brasil. Nunca tinha ouvido falar desse lugar e, hoje, vir pra região da Lapônia é simples como ir de São Paulo até Brasília visitar minha mãe. Gosto dessas viradas que a vida dá, apesar de que agora não quero que nada saia do lugar. Tá bom assim.

Da primeira vez, eu tinha vindo até a Finlândia para ver como eram as coisas e ter certeza que ia gostar do país (e do frio) antes de mudar. Era março de 2020 e não tinha mais neve em Helsinki, por isso meu namorado me trouxe até aqui, de surpresa. E foi uma delícia: neve, super frio (-12), sol, céu azul, culinária finlandesa, muito café, papai Noel e, é claro, sauna.

Solitude

Desta vez, vim sozinha.

Tem gente que se assusta quando eu falo que eu viajo só. Claro que tem o lado ruim: ninguém pra dividir a hospedagem, tem passeio só pode ser feito em grupo e geralmente você não pega a melhor mesa nos restaurantes. Mas eu amo ficar absolutamente livre para ir costurando o meu roteiro. Acordei às 7h, fritei um ovo, fiz café e assisti o sol derreter a neve das árvores.

diariodeunicornio
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Sair sozinha por aí, mudar a rota, não saber o caminho, deixar os pés decidirem. Depois, voltar para casa pela rua que vai dar para ver o sol descendo ou entrar num brechó porque algo simplesmente te chamou lá pra dentro.

Fui pra balada sozinha

Outro dia, desbloquei mais uma camada: fui para uma balada1 sozinha. A experiência mais difícil até agora. Bar, andar pela cidade, fazer compras, sentar num café, isso tudo é fácil. Primeiro porque o motivo não era “vou lá ver qual é a cena cultural”, o motivo era: quero sair para dançar e não tenho companhia (meu namorado detesta essas festinhas).

No começo foi estranho, eu não sabia muito bem onde sentar ou apoiar o drink sem parecer estranha porque era como eu estava me sentindo. Duas meninas vieram puxar conversa, mas acabou que elas foram embora. Até que uma hora eu incorporei o modo “aproveitar minha própria companhia”e dancei sozinha como se meus amigos tivessem ido ao banheiro ou pegar bebida. Tomei uns drinks e, na hora que deu, fui pra casa.

Quando entrei no táxi, meu namorado pediu McDonalds pra gente fechar a noite.


É bobo, né? Mas isso muda o jeito que a gente se sente com a própria companhia. Recomendo.


Brunch de Instagram 🥐💖

Estou publicando por lá também. Se você é de rede social, vem comigo.

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Bom domingo e até a próxima.

1

Eu chamo essas festas noturnas com pista de dança de balada. Não sei se esse termo é só da minha geração 🙈

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